A Semântica e a Pragmática preocupam-se com os
significados que a palavra / frase pode ter, porém a Pragmática vai além da
Semântica e considera a situação em que elas estão inseridas, ou seja,
preocupa-se com o contexto.
Somente com uma palavra, fica difícil de
entender o que está sendo dito. Consideremos como exemplo a palavra “morreu”.
Analisemos as possibilidades de acordo com
as situações propostas a seguir:
- Situação 1:
Suponha-se que o contexto seja o seguinte:
duas vizinhas se encontram quando uma delas está indo ao trabalho e esta
pergunta por um senhor que estava internado e era conhecido de ambas.
“Infelizmente ele morreu ontem!”
Nesse sentido, fica claro que o senhor
pela qual uma das mulheres perguntou faleceu.
Num outro contexto a palavra “morreu”
possui outro sentido. Vejamos:
- Situação 2:
Suponha-se a seguinte situação: um casal de namorados está discutindo por
motivos fúteis e num determinado momento da discussão a garota olha para seu
namorado e diz:
“Tá bem! Morreu o
assunto!”
Neste último exemplo o sentido da palavra
“morreu” é como se fosse um sinônimo para “acabou-se”, “encerrou-se” o
assunto.
A palavra “morreu” em seu sentido
detonado, o sentido denominado “real” da palavra, quer dizer o seguinte,
segundo o Dicionário Michaelis:
Cessar de viver,
extinguirem-se as funções vitais de; falecer;
Diz-se que o sentido denotado quer dizer
que é o sentido do dicionário, porém, alguns dicionários apresentam também os
sinais conotados para algumas palavras.
Já para o sentido conotado,
onde o signo ganha outros significados, o que (normalmente) vai além do
dicionário; nele, quer dizer que: acabou-se, encerrou-se, deixou de existir
etc. o assunto, (pelo menos no contexto em que foi citado anteriormente.)
Em suma, a pragmática preocupa-se com o
sentido do signo, mas vai além do sentido, preocupa-se com a situação e com o
contexto em que o signo está inserido, pois se for dito apenas a palavra
“Morreu!”, livre de contextos, várias interpretações seriam possíveis.